Mais importante que referir uma lenda e/ou crença que não se identifique directa e exclusivamente com esta freguesia, será relatar um facto extraordinário que nela ocorreu e a todos impressionou.
Era o ano de 1673. Em Ponta Delgada grassava uma terrível epidemia. Cada dia, morriam mais de 30 pessoas. Andavam todos aterrorizados. Na sua angústia e aflição, os mais distintos homens, de então, invocaram o Divino Espírito Santo, fundaram uma Irmandade e fizeram o Império da Misericórdia a que o povo chamou dos “Nobres”.
O Divino Espírito Santo ouviu as suas preces. De facto, no primeiro Sábado, depois da Páscoa, véspera de Domingo em que se faz a primeira coroação, logo que pelas ruas passou a folia com o seu tambor a rufar, desapareceu a epidemia: ninguém mais adoeceu e os doentes, mesmo os que estavam nos últimos momentos, para admiração e espanto de todos, tomaram novos alentos e melhoraram.
Na Segunda-feira imediata, na Igreja de S. Sebastião, desta freguesia, houve missa cantada e sermão, em acção de graças. A esta celebração assistiu uma pombinha, que na igreja entrara, parte de tempo poisada no púlpito e parte no friso de uma capela, saindo por uma fresta, quando tudo acabou.
Impressionou tanto este facto, todos aqueles que o presenciaram, que o domingo da Pascoela, o Sábado anterior e a Segunda-feira seguinte e até a semana e a festa passaram a chamar-se da Pombinha, denominação que ainda perdura.